Lisboa, 25 de abril de 2025 – A Praça do Martim Moniz, em Lisboa, foi palco de momentos de tensão nesta sexta-feira, dia em que Portugal celebra os 51 anos da Revolução dos Cravos. Mais de uma centena de pessoas reuniram-se para protestar contra uma ação organizada por movimentos de extrema-direita, que, apesar de não ter recebido autorização da Câmara Municipal de Lisboa (CML), acabou por gerar confrontos e discussões acaloradas.
O protesto da extrema-direita, convocado por grupos como Ergue-te, Habeas Corpus e Grupo 1143 — este último liderado por Mário Machado, uma figura conhecida no cenário da extrema-direita portuguesa —, foi anunciado como um evento de “diversidade e inclusão e contra o racismo”.
Contudo, a iniciativa gerou controvérsia devido às associações dos organizadores e à sua retórica historicamente ligada a ideologias nacionalistas e xenófobas. A Polícia de Segurança Pública (PSP) emitiu um parecer negativo à realização da manifestação, e a CML, seguindo a recomendação, não autorizou o evento. Apesar disso, elementos ligados à extrema-direita compareceram ao local, o que provocou a reação de manifestantes antifascistas.
De acordo com a RTP, mais de 100 pessoas se reuniram no Martim Moniz para se opor à ação da extrema-direita. Entre elas estava Bruna Alves, uma jovem de Guimarães que está de férias em Lisboa. Em declarações à Lusa, Bruna afirmou que decidiu comparecer ao protesto de forma espontânea, antes de seguir para o tradicional desfile do 25 de Abril na Avenida da Liberdade, para se manifestar “contra a violência da extrema-direita” e “a favor de uma postura humanitária de que os direitos humanos são para todos e não são só para os portugueses”.
Embora a PSP estivesse presente e não tenha precisado intervir diretamente, a situação foi marcada por momentos de tensão entre os grupos.
Aqui fica o vídeo do homem que diz ter sido agredido pela PSP…